As TICs e o Aprendizado Escolar
Felix Barbosa Carreiro
Doutorando em Educação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (PPGSSED) da Universidade São Francisco (USF) – Campus Itatiba (SP). Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas/SP). Possui Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão UFMA). Cursou Graduação em Teologia e Especialização em Ensino Religioso no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão( IESMA). Cursou Pedagogia Licenciatura pelo Centro Universitário UNIDOMBOSCO. Tem experiência profissional no magistério da educação pública básica, atuando como professor de ética, filosofia, sociologia e ensino religioso. Lecionou no curso de especialização de técnicos em enfermagem no Instituto Florense de Ensino (IFE) no município de São Luís (MA) com ênfase em ética. Atualmente é docente da disciplina filosofia e ensino religioso em escolas da rede pública do estado do Maranhão. Integra a Coordenação de Proposta Curricular na Superintendência de Educação de Jovens e Adultos (SAEJA) da Secretaria Municipal de Educação de São Luis/MA (SEMED). Enquanto pesquisador integra o Grupo de Pesquisa GEPHEB – Grupo de Estudos e Pesquisas em Ética, Política e História da Educação Brasileira na Universidade São Francisco (USF) – campus Itatiba (SP).
Contato: felix.carreiro@terra.com.br
Esse trabalho é um recorte da dissertação de mestrado defendida pelo autor em fevereiro de 2016 que investigou a infraestrutura física visibilizada nos recursos didáticos tecnológicos de duas escolas públicas estaduais do Maranhão. Interessa-nos nessa pesquisa de abordagem qualitativa analisar o impacto das mídias digitais no rendimento do aluno. Reconhecemos o potencial pedagógico das mídias e dos recursos tecnológicos na produção do conhecimento em sala de aula. Isso se efetivará na medida da capacidade dos professores de utilizarem, não mecanicamente, essas ferramentas nos projetos pedagógicos, o que implica políticas educacionais de formação continuada de técnicos e docentes que contemple a aquisição de habilidades e conhecimento acerca da utilização racional das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, com vistas a novas aprendizagens. Considerando o professor como mediador e gestor do conhecimento em sala de aula, atribui-se a função de orientar os educandos quanto ao uso educativo e produtivo do celular como veículo de aprendizagem. Para tanto, se faz necessário o bom senso por parte do professor, haja vista que o referido aparelho faz parte da vida do aluno e, portanto, é adequada a utilização em pesquisa acadêmica.
Nesse sentido, convém refletir sobre as contribuições dos sistemas educacionais para a melhoria da qualidade do ensino público utilizando os recursos tecnológicos e digitais, conforme traz Valente (2018):
Assim, em plena era digital, a questão que se coloca é: o que as instituições de ensino estão proporcionando aos seus estudantes? Nada muito diferente ou inovador. Pelo contrário, ainda oferecem uma educação tradicional, baseada na informação que o professor transmite e em um currículo que foi desenvolvido para a era do lápis e papel (VALENTE, 2018, p. 18).
A fim de produzirmos dados empíricos sobre a utilização das tecnologias no cotidiano na sala de aula, recorremos ao questionário misto e à entrevista semiestruturada por considerarmos esta uma opção metodológica que permite ao pesquisador analisar mais objetivamenete a realidade. Desse modo, a investigação segue uma abordagem qualitativa por valorizar a participação dos sujeitos. Ademais, as análises são fruto de reflexões a partir da experiência profissional do pesquisador como professor de filosofia na rede pública básica de ensino. A análise consta também de dados obtidos mediante pesquisa bibliográfica sobre a temática em estudo. Consideramos que a utilização do questionário misto para a produção de dados na pesquisa qualitativa traz vantagens, entre as quais a possibilidade de economizar tempo.
As entrevistas tiveram como sujeitos dois gestores escolares e quatro professores de Língua Portuguesa e Matemática dos 5º anos de duas escolas públicas estaduais do Maranhão. Reafirmamos que recorremos à revisão de literatura de modo a fundamentar teoricamente a análise sobre a temática das TICs como ferramentas de melhoria das tecnologias nas aprendizagens. Os participantes do questionário misto foram apenas os gestores escolares, haja vista que o pesquisador tinha como hipótese que o aprendizado na escola investigada decorresse da utilização das tecnologias na escola. A questão dirigida foi a seguinte: como as tecnologias têm contribuído para a melhoria do aprendizado, considerando que a escola apresenta o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para além da meta nas últimas edições? Os professores das disciplinas mencionadas participaram somente da entrevista semiestruturada respondendo à questão: qual a contribuição das tecnologias em relação ao aprendizado dos alunos em sala de aula considerando o destaque da escola no Ideb? A entrevista semiestruturada foi gravada e ocorreu espontaneamente sem que as questões fossem anteriormente conhecidas pelos participantes.
Recorremos ao procedimento de análise de conteúdo, a partir de uma abordagem qualitativa, por considerar a complexidade do ser humano em seus diversos contextos. Vale lembrar que a análise de conteúdo é considerada por alguns autores como método que possibilita a análise das mensagens expressas pelos sujeitos quer sejam orais, escritas ou simbólicas.
As reflexões produzidas decorrem, igualmente, de documentos normativos do Ministério da Educação, de artigos científicos, teses, dissertações e de plataformas de busca. Reitero que o caminho metodológico associa-se ao objetivo da pesquisa já mencionado. Ademais, a análise dos dados e suas respectivas inferências dialogam com autores referenciados no assunto, sobretudo Valente (2018) e Levy (1999).
Formação continuada docente e tecnologias
O sistema de ensino público necessita reinventar o currículo escolar de modo que, ao inserir a temática das tecnologias na educação, professores e alunos sejam beneficiados com a possibilidade de sucesso no processo de ensino e aprendizagem. Evidentemente implica investimentos em equipamentos, mas também a garantia de conectividade nas escolas públicas, pois,
a sociedade quer que as escolas formem cidadãos, com visão de futuro, com capacidade de enfrentar novos desafios profissionais. Para isso, na condição de mediadoras na leitura crítica da informação, a escola e os professores precisam abrir-se para outras linguagens, outros saberes (LIBÂNEO 2006, p. 39).
Concordamos com o autor citado no sentido de associar a aprendizagem significativa de qualidade à formação do cidadão que o capacite a enfrentar o competitivo mercado de trabalho, cuja responsabilidade cabe à escola.
É oportuno registrar que não há oposição entre conectividade ligada ao ensino a distância e a interatividade associada ao ensino “presencial”. A fim de superar essa suposta dicotomia citamos o conceito de interatividade em Levy (1999):
O termo “interatividade” em geral ressalta a participação ativa do beneficiário de uma transação de informação. De fato, seria trivial mostrar que um receptor de informação, a menos que esteja morto, nunca é passivo. Mesmo sentado na frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente de seu vizinho (LEVY, 1999, p. 87).
Assim, Levy (1999) admite a mediação dos artefatos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem escolar, posto que, as informações obtidas afetam os sujeitos, inclusive, com a possibilidade de transformá-las em conhecimento. Em se tratando das escolas públicas das redes de ensino básico municipal e estadual, cumpre registrar a precariedade e, até mesmo, a inexistência de recursos tecnológicos disponíveis aos alunos e professores.
Como aponta Valente (2018), esse problema poderia ser equacionado ao atribuir à biblioteca escolar outra função que não somente aquela de armazenar livros, por vezes obsoletos. Esse redimensionamento a que nos referimos significa equipar a biblioteca escolar com recursos tecnológicos de modo a facilitar aos alunos na busca de livros e o controle de empréstimos. Não necessariamente a biblioteca deve ser o lugar do silêncio. É, acreditamos, um ambiente de interação e compartilhamento entre os alunos, inclusive, na utilização do aparelho celular para fins de pesquisa. Estou falando de alunos da educação básica. Repudiamos a vigilância exagerada e repressora nas bibliotecas escolares e públicas.
Infraestrutura escolar e tecnologias
Estudos sobre a sociedade do conhecimento marcada pela cultura digital na contemporaneidade se dão conta de que a informática continuará sendo a ciência do futuro. A empregabilidade associar-se-á ao mundo de tecnologias complexas no mundo do trabalho como a automatização e a inteligência artificial. Contudo, reiteramos que os avanços tecnológicos e digitais não estão ao alcance da maioria dos alunos que frequentam as escolas públicas das redes estadual e municipal. Impedidos, obviamente, pelas coindições socioeconômicas desfavoráveis. Nesse sentido, concordamos com os professores participantes da pesquisa, quando questionados sobre essa questão responderam que a internet de qualidade é um privilégio, não havendo democracia no ensino. Entendendemos que esses profissionais necessitam de apoio e formação para sentirem-se motivados a utilizar a tecnologia e a mídiaa digital com o objetivo de melhorar o rendimento escolar. Felizmente, como explicita Valente (2018, p. 20): “alguns professores têm conseguido explorar esses recursos tecnológicos, integrando-os às atividades que realizam, criando, assim, o que tem sido denominado de metodologias ativas de ensino e de aprendizagem”.
Vale lembrar que esse projeto educacional, associado ao uso do computador na escola e das demais tecnologias, articula-se com políticas educacionais que recomendam o investimento e o uso das mídias digitais na aprendizagem escolar. Destacamos os PCN´s:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) tecem recomendações em direção a uma nova pedagogia nas escolas, referindo-se ao uso do computador como auxiliar nos processos de ensino e de aprendizagem (BRASIL, 1997). Essa recomendação requer que a escola interaja com as tecnologias de informação e comunicação, com vistas a ampliar as bases sobre as quais o conhecimento auxiliado pelo computador é construído (DE CARVALHO, MONTEIRO, 2012, p. 350).
Ora, para que os recursos pedagógicos induzam à qualidade do ensino, é preciso “tecnologias educacionais e recursos pedagógicos apropriados ao processo de aprendizagem” (DOURADO e OLIVEIRA, 2009, p. 209), ou seja, que os meios estejam adequados aos objetivos da Proposta Pedagógica da escola. Dito de outra forma: quando são utilizados inteligentemente a serviço da criatividade docente, os recursos tecnológicos, midiáticos e eletrônicos, sobretudo a internet, tornam-se ferramentas privilegiadas de eficiência na aprendizagem escolar.
Resultados e discussões
Há evidências sobre a utilização das tecnologias por professores em sala de aula e o respectivo interesse por parte dos alunos, “nós sabemos que a informática, no caso a utilização dos computadores, constitui uma ferramenta muito importante no processo de ensino e aprendizagem. Disso todos nós sabemos. Ora, devido ao avanço tecnológico, essas novidades costumam chamar bastante atenção dessa nova geração”. Essa afirmação é de uma professora de escola pública estadual participante da pesquisa. Também há gestores escolares que acreditam na melhoria do desempenho escolar através dos recursos midiáticos. Um deles, em depoimento, assim se expressou: “com certeza e muito. Através da internet e da informática os alunos fazem pesquisas, fazem projetos e os desenvolvem”. E garante: “tem muitas ferramentas que ajudam nesse processo de ensino e aprendizagem”.
O pensamento dessa gestora talvez seja o prenúncio de que no futuro próximo a escola pública terá que conviver com novas identidades que denominamos de nativos digitais. É que, à medida que os alunos identificam-se com os artefatos tecnológicos, estes têm a potencialidade de transformar o modo de pensar dos educandos. E talvez este seja o perfil que o futuro aguarda do profissional desde o início do novo milênio. No pensamento de Valente (2018) seria considerar que
As habilidades do Século XXI deverão incluir uma mistura de atributos cognitivos, intrapessoais e interpessoais como colaboração e trabalho em equipe, criatividade e imaginação, pensamento crítico e resolução de problemas, que os estudantes aprenderão por intermédio de atividades mão-na-massa, realizadas com o apoio conceitual desenvolvido em diferentes disciplinas. Essa é a competência que se espera dos profissionais que atuam na cultura digital (VALENTE, 2018, p. 24).
Por isso, cabe aos educadores vigiarem para que o uso dos mecanismos tecnológicos e digitais elevem os níveis de desempenho das aprendizagens, haja vista que a escola no contexto atual “está sendo desafiada a lidar com sujeitos cujas identidades carregam as marcas da cultura digital” (BACKES e PAVAN, 2014, p. 221).
A professora de português da escola pesquisada reforçou a relevância da utilização na prática pedagógica em sala de aula de diversos recursos midiáticos,
Aqui nós temos um computador que ele é portátil e também o retroprojetor permitindo a gente assistir as mídias no telão, inclusive filmes dentre outros… Dispomos de um aparelho que é acoplado TV/DVD. Ele ajuda bastante porque você coloca um vídeo… Quando você colocar uma pesquisa, por mais que você tente no livro didático para explicar aquele assunto, aquele aparelho vai muito além, ele passa coisa para o aluno… Ele dá mais atenção na mídia até mais que às aulas expositivas.
Essa professora ainda acrescentou:
Os alunos nessa época pós-moderna talvez não se espante pelo fato de a professora não os levarem ao laboratório de informática e nem à biblioteca haja vista que a maioria deles dispõe do serviço digital de pesquisa nos próprios celulares. Ou seja, os alunos evoluem mais rápido que a própria escola.
Inferimos da resposta dessa professora o risco da metodologia de ensino centrar-se na utilização do aparelho ceular mesmo conectado à internet. A pesquisa em sala de aula é imporante tanto quanto a frequência à biblioteca escolar para cultivar o hábito da leitura. De todo modo, ressaltamos que a escola pública pode criar as condições para a melhoria da qualidade do aprendizado a partir de mecanismos tecnológicos acessíveios, pois,
A questão do custo do ensino se coloca, sobretudo, nos países pobres. Será necessário, portanto, buscar encontrar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores. Audiovisual, “multimídia” interativa, ensino assistido por computador, televisão educativa, cabo, técnicas clássicas de ensino a distância repousando essencialmente em material escrito, tutorial por telefone, fax ou Internet… todas essas possibilidades técnicas, mais ou menos pertinentes de acordo com o conteúdo, a situação e as necessidades do “ensinado”, podem ser pensadas e já foram amplamente testadas e experimentadas (LEVY, 1999, p. 169).
Vejamos como se manifestou outro gestor em relação ao suporte tecnológico que é oferecido pelo sistema de ensino estadual através da presença de técnicos: “é importante porque a internet é lenta e dificulta a agilidade dos trabalhos de aprendizado dos alunos. E a internet veloz é imporante porque a utilizamoo para pesquisar modelos de provas para o aprendizado dos alunos”. Ainda outra gestora citada em pesquisa científica opina quanto à utilização do laboratório de informática com internet no processo e ensino e aprendizagem, discordando do funcionamento precário desses recursos, eis a declaração em entrevista dessa gestora:
Com certeza! e muito. Através da internet e da informática eles (os alunos) fazem pesquisa, fazem projetos e desenvolvem. Tem muitas ferramentas que ajudam nesse processo de ensino e aprendizagem. Agora mesmo nós tivemos um Projeto de Reciclagem no encerramento do ano, não letivo, e esse Projeto foi montado através do laboratório de informática, da internet, nas pesquisas que foram feitas. Os computadores funcionam direitinho. Aqui funciona. O laboratório taí.. Nós temos muitos computadores.
Porém, a insatisfação quanto ao funcionamento precário da internet e as dificuldades para resolver o problema são compartilhadas também por essa professora, que reclama:
A internet é complicada. Geralmente, o sinal é fraco. Quando a gente necessita, não dá para utilizar, a gente não consegue, é muito lenta. A sala de aula já fica mais distante da diretoria e da sala de informática, então o sinal não alcança. Aí fica complicado o uso da internet é zero em sala de aula. Recurso de internet somente de uso particular, da própria professora. Eu mesmo faço a pesquisa no próprio celular de internet de “chip” pra atender certas situações em sala de aula. A internet do espaço escolar deixa muito a desejar. Aqui no laboratório não tem nem um técnico. Digamos, um instrutor que possa auxiliar o professor. Quando houver necessidade de trazer as turmas, nós temos que se virar (sic) sozinhas ou pedir ajuda dos outros colegas de sala, pois, o laboratório não tem uma pessoa responsável pra ajudar (PAm).
A professora de Língua Portuguesa confessa, na entrevista, a contribuição do laboratório de informática e do uso da internet no cotidiano da sala de aula, mas também fala do mau funcionamento da internet no laboratório de informática:
Contribui sim para esse processo, pois, o computador é uma ferramenta avançada de pesquisa, que possibilita ao professor e ao aluno o aacesso ao conhecimento, É um leque de opção de aprendizado. A internet é muito ruim, por isso, o professor e os alunos fazem mais pesquisa na sua própria casa porque o sistema operacional é o Linux, aí a gente tem dificuldades porque o aluno e o professor já tem o windows em casa. A gente traz a pesquisa de casa pra dentro da sala de aula para que haja avanço e assimilação dos conteúdos.
A professora de Língua Portuguesa do laboratório de informática às demais Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a relevância destes no processo de qualidade do ensino e da aprendizagem. A docente não explicou por que não conduz os alunos ao laboratório de informática.
Nós sabemos que a informática, no caso utilização dos computadores, constitui uma ferramenta muito importante no processo de ensino e aprendizagem. Disso todos nós sabemos. Devido o avanço tecnológico, essas novidades costumam chamar bastante atenção dessa nova geração. A gente procura utilizar bastantes recursos tipo computador e data show. DVD, nem tanto, mais o data show, para chamar a atenção e despertar o interesse dos alunos e acaba dando certo.
Havemos de concordar com a depoente quanto ao uso de artefatos tecnológicos como metodologia. De fato, é o caminho para atingirmos o objetivo precípuo do processo de ensino e aprendizagem: que aluno aprenda, permaneça na escola e tenha sucesso na vida pessoal e profissional.
Considerações finais
É possível que a insuficiência de políticas públicas focadas no desenvolvimento das tecnologias como ferramentas pedagógicas seja o reflexo de uma sociedade insensível aos desafios educacionais, sobretudo quanto a melhoria do aprendizado escolar. É preciso resgatar o argumento de que os artefatos tecnológicos e digitais, sobretudo a internet, realmente contribuem para a melhoria da qualidade do ensino público. É sabido que a linguagem e o acesso do mundo digital estão cada vez mais fascinando os alunos da educação pública. O aparelho celular faz parte da vida deles. Por isso, é imprescindível que o tema das TICs conste nos programas de formação docente e nos currículos, de modo que sejam mostrados os efeitos que as TICs produzem e as transformações que trazem para a educação pública, problematizando os diferentes significados do ato de educar em tempos de cultura digital. É preciso reconhecer que a educação pública está sendo desafiada a lidar com sujeitos cujas identidades carregam as marcas da cultura digital.
Referências
ALMEIDA, M. E. B.; VALENTE, J. A. Tecnologias e Currículo: trajetórias convergentes ou divergentes? São Paulo: Paulus, 2011.
BACKES, José Licínio; PAVAN, Ruth. As identidades dos alunos em tempos de cultura digital: a percepção dos professores de educação básica. Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade, v. 23, n. 42, 2014.
DOURADO, L. F.; OLIVEIRA, J. F. de. A qualidade da educação: perspectivas e desafios. Cadernos Cedes, Campinas: v. 29, n. 78, p. 201-215, 2009.
LIBÂNEO, J. C. Cultura, Jovem, Mídias e Escola: o que muda no trabalho nos professores? Educativa, v. 9, nº 1, 2006. Disponível em:
http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/educativa/article/view/73. Acesso 26 mar. 2019
PIERRE LEVY. Cibercultura. Editora 34, 2010.