Editorial

Olá,

quanto tempo!

Nesta quinta-feira, 26, a Revista Brasileira de Educação Básica lança seu 19º número, retomando as publicações depois de uma longa pausa.

A esta altura, não é novidade pra ninguém que a pandemia de COVID-19 afetou a todos com muita intensidade – e a RBEB não foi exceção. Nos primeiros meses, recebemos um grande volume de textos, grande demais para as poucas mãos da nossa equipe, que ainda tentava se adaptar às novas condições de trabalho. Fechamos o recebimento de textos, respiramos, elaboramos estratégias para organizar e dar vazão aos artigos e relatos submetidos.

Esta edição é resultado do nosso trabalho de abordagem nos últimos meses mas também, e principalmente, da paciência de nossos autores e do empenho de nosso corpo editorial. Nove textos – entre artigos, resenhas, relatos de experiência e textos de opinião – compõem este número produzido 100% durante a pandemia, das submissões à publicação.

São textos como Educação em Saúde no contexto escolar, de Fernanda M. P. Abreu, Gabriele Marisco e Regineide Xavier Santos, que elabora uma revisão bibliográfica para entender as abordagens que norteiam o ensino em saúde nas escolas brasileiras. Marcus Periks Barbosa Krause escreve sobre os Novos Desafios Da Educação Básica Pós Pandemia, pensando o que está por vir com os retornos às salas de aulas conforme o combate à pandemia avança.

No relato de experiência Práticas De Alfabetização E Letramento: Um (Re)Pensar, Carla Mariana Rocha Brittes da Silva registra uma abordagem possível de alfabetização aplicada junto a uma turma de 1º ano do ensino fundamental; enquanto Leonardo Medeiros de Souza e Leonardo Medeiros de Souza dividem o trabalho sobre uma sequência didática sobre o uso seguro e adequado de produtos de limpeza em uma sala de aula de Química da EJA no texto Produtos De Limpeza Como Uma Temática Para O Ensino De Química Na Eja.

Rafaela Faria Lima no ensaio Arte e desvio: como a psiquiatrização do discurso prejudica o ensino da literatura apresenta como a onda medicalizante da patologização das diferenças percebidas em ambiente escolar prejudica o ensino de literatura. A autora entende que os impulsos criativos são essenciais para estabelecer contato com as obras e, assim, os estudantes possam construir a própria subjetividade. Para isso a autora remonta a relação entre doença mental e loucura na literatura e então questiona uma suposta normalidade.

O documentário A educação proibida (2012) é objeto da resenha feita por Tianey Weiss no texto Documentário A educação proibida: olhares e percepções sobre educação e escola. Segundo Tianey o documentário se propõe a apresentar uma questão contemporânea da sala de aula: a distância que as teorias pedagógicas estão do cotidiano escolar, e pautando como o cotidiano escolar demanda uma discussão constante a partir de diferentes ângulos e enfoques.

No texto Abandono Escolar No Contexto Da Eja De Uma Escola Indígena: Compreensões e Desafios, Eullir da Silva Bento explora as causas para o abandono escolar em uma escola indígena no município de Alto Alegre, em Roraima. Para investigar essas razões o autor aplicou um questionário para a comunidade escolar, além de apontar saídas para a redução do abandono.

No texto de opinião Formação docente continuada sobre as Relações de Gênero na Escola: Aventuras e Desventuras Maria Ignez Costa Moreira e Juliana Gonzaga Jayme falam sobre o processo de parceria entre a pós-graduação Pós-graduação em Psicologia e em Ciências Sociais e com o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual da Gerência de Articulação da Política Educacional (SMED). O textos discorre sobre a importância da formação continuada para o tema da diversidade de gênero situando a partir da discussão de para o campo da educação situando a parceria 

Por fim, Almira de Azevedo da Silva Neta, Maria Luiza Silva Guimarães, Renato Dantas Rocha da Silva e Luciana Maria Araújo Rabelo assinam o texto Sala Verde: Um Novo Olhar Sobre Práticas De Ensino No IFRN – Campus Ipanguaçu. No texto, as autoras relatam um trabalho realizado junto a alunos do Curso Técnico Integrado em Meio Ambiente do IFRN – campus Ipanguaçu, composto de uma de campo realizada na reserva ecológica do campus e a construção de um modelo de Sala Verde. O trabalho observou os processos de aprendizado e engajamento discente frente à criação de ambientes apropriados para a associação de teoria e práticas ambientais.

Nesta edição apresentamos, também, o vídeo Amaralina via Centenário produzido pelo Estúdio de Audiovisual do Projeto de Extensão Pensar a Educação Pensar o Brasil e dirigido por Thiago Rosado. O vídeo é uma continuação, de outro modo, do filme Costuras além de ser uma marca do processo de construção do filme, que recebeu em 2019 o áudio de Maria da Anunciação Conceição Silva, professora da Universidade do Estado da Bahia que fala sobre sua trajetória de alfabetização e autonomia. Além do vídeo, o diretor, Thiago Rosado produziu o texto Caminhos de uma voz sobre o processo criativo do vídeo.

Nós que fazemos a RBEB convidamos você a conhecer as reflexões, opiniões e experiências de uma comunidade escolar e científica que faz, cotidianamente, a educação no país diante do enfrentamento da pandemia. 

Esperamos encontrá-los na reabertura da submissão de textos neste o segundo semestre de 2021.

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