A potencialidade dos quadrinhos no ensino de História: da teoria à prática
Maicon Belusso
Licenciado em História em 2018 pela UDESC.
E-mail: maiconbelusso@live.com
Este trabalho tem como objetivo discutir o uso das revistas em quadrinhos no ensino de História, com base em concepções teóricas que envolvem a metodologia com os quadrinhos como material didático, além da experiência prática realizada em sala de aula com os alunos da turma 62, do 6ª ano do Ensino Fundamental da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito, localizada no município de Florianópolis, em Santa Catarina.[1]
Por meio da análise de questionário e das observações que se seguiram durante a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório II, pudemos conhecer melhor a turma 62 e suas principais características. Composta por 28 estudantes, trata-se de uma turma bem diversificada etnicamente e socialmente, com uma faixa etária entre 11 e 12 anos. No decorrer de nossa experiência no campo de estágio, observamos que na turma 62 havia pouco interesse dos alunos por escritos densos e um maior interesse por atividades lúdicas e com o uso de imagens, além disso, notamos que os alunos eram muito ativos, gostavam de interagir nas aulas com as leituras solicitadas pelo professor e tinham um maior apreço por atividades mais ilustrativas. Levando em conta essas características, procuramos pensar em outras abordagens para aplicar o conteúdo previsto para a disciplina de História durante nosso estágio. No bimestre em que aplicamos as nossas aulas com a turma 62, ministramos 24 horas aula, que foram divididas em três partes iguais para cada um dos três integrantes do grupo de estágio, quando foram tratadas as temáticas: História da Grécia e Roma antigas. Levando em conta o que havíamos observado, optamos por realizar atividades que correspondessem às características da turma. Para essas atividades, fizemos o uso de fotos, jogos e das revistas em quadrinhos. Com os quadrinhos, intentamos tornar as aulas mais atrativas para os alunos, possibilitar maior interação com a turma e oferecer um método de avaliação diferenciado das tradicionais provas, dando maior ênfase à participação dos alunos nas aulas.
No decorrer deste trabalho o leitor encontrará uma base teórica voltada para o emprego das revistas em quadrinhos como material didático para o ensino de História. Após as concepções teóricas, discutiremos o que foi possível analisar nos trabalhos realizados com quadrinhos no estágio em questão.
Quadrinhos e o Ensino de História
As revistas em quadrinhos possibilitam aos educadores formularem aulas mais divertidas e que façam mais sentido para os alunos. Acredita-se que os quadrinhos formem uma parte significativa do capital cultural que alunos e professores experienciam cotidianamente por meio da indústria cultural, dos meios de comunicação e de entretenimento. Rocha (2010) aponta que “[o] capital cultural constitui um aprendizado compartilhado entre alunos e professores, pois as referências culturais são próximas, e uns e outros vivenciam práticas culturais semelhantes” (p. 90).
Cabe lembrar que há muitos filmes de sucesso na atualidade que provêm das narrativas das revistas em quadrinhos. Mesmo que eventualmente possa haver alunos que desconheçam que as histórias e os personagens dos filmes provêm das HQs, os professores podem utilizar a noção de capital cultural dos filmes para falar sobre os quadrinhos e suas narrativas, além de introduzir novas informações para a compreensão dos alunos sobre os filmes e os quadrinhos, por exemplo, quando foi criado o quadrinho que deu origem ao filme, em qual ano e em qual contexto o autor ou autora criou o herói ou a heroína, o vilão ou a vilã e a narrativa da revista em quadrinhos que deu origem ao filme, assim o/a professor/a pode instigar seus alunos a ler as HQs. Apesar de algumas revistas em quadrinhos como as da Marvel ou da DC Comics não terem preço muito acessível nas livrarias, há sempre uma grande variedade de HQs com preços mais acessíveis que podem ser encontradas em sebos ou mesmo na internet.
Os quadrinhos, por apresentarem várias temáticas para diferentes classificações etárias, assim como por seu caráter singular da nona arte,[2] e por envolverem duas formas de linguagem, não verbal e verbal, podem ser utilizados como material pedagógico em diferentes áreas do conhecimento, em especial no ensino de História. Há várias revistas em quadrinhos voltadas para fins educativos tratando de temáticas históricas. Além disso, para a disciplina de História, como observa Vilela (2004, p. 109-110), “o uso dos quadrinhos pode ser feito de diferentes maneiras: para ilustrar ou fornecer uma ideia de aspectos da vida social de comunidades do passado; como registros da época em que foram produzidos e como ponto de partida de discussões de conceitos da História”. Podemos considerar que as histórias em quadrinhos são importantes fontes para elaborar problematizações textuais e imagéticas, pois muitos quadrinhos trazem em seu conteúdo interpretações do passado que podem ser usadas para iniciar diálogos ou problematizar um conteúdo específico com os alunos.
As várias possibilidades de elaborar reflexões críticas sobre o contexto das narrativas, assim como das ilustrações que formam os cenários e os personagens, fazem dos quadrinhos uma importante ferramenta pedagógica para o ensino. Além disso, os quadrinhos ilustram com facilidade um pensar sobre o passado por meio de um ponto de referência no tempo presente, algo que o professor pode utilizar para trabalhar, conforme o capital cultural, os conhecimentos prévios e as experiências dos alunos no seu cotidiano. Assim, segundo Rüsen (2007, 91), “[o]s processos de aprendizado histórico não ocorrem apenas no ensino de História, mas nos mais diversos e complexos contextos da vida concreta dos aprendizes”
Como todo material pedagógico, as revistas em quadrinhos requerem planejamento e devem ser pensadas com base nas temáticas das aulas e do que o/a professor/a deseja trabalhar com a turma. Como mediador da informação, o profissional deve tomar alguns cuidados quando for utilizar os quadrinhos em sala de aula, para isso é indispensável que o docente ofereça a seus alunos um aporte teórico por meio de leituras antes de colocar o conteúdo em prática, bem como conteúdo escrito e aulas expositivas. “Depois de oferecer aos alunos informações fundamentais sobre o conteúdo a ser discutido nas aulas subsequentes, o/a professor/a pode buscar quadrinhos em que estabeleçam diálogo ou situação próxima ao tema trabalhado” (PALHARES, 2010, p. 13). Além do planejamento inicial, há alguns outros cuidados que o educador deve tomar ao trabalhar com os quadrinhos no ensino de História, como identificar os vários anacronismos que são frequentes em muitas HQs, assim como o o contexto de produção do discurso: público a que os quadrinhos se destinam, por quem foi escrito, quais estratégias discursivas mais relevantes podem ser identificadas, entre outras questões que poderiam ser abordadas para desvelar o contexto exposto. É fundamental ao educador observar o lugar de fala dos autores e de seus personagens, assim como as representações que os artistas fazem de determinados contextos. Palhares (2010) adverte ainda que, “[c]omo todo recurso pedagógico, as histórias em quadrinhos exigem planejamento, ajustamento do material ao conteúdo a ser trabalhado e finalidade em seu uso. Assim, selecionar, analisar e questionar as HQs é fundamental para o sucesso de seu emprego” (p. 12).
Da teoria para à prática: As atividades realizadas com quadrinhos na turma 62
A maioria das aulas aplicadas na turma 62 seguiram o modelo de aula-colóquio,[3] que tinham o intuito de motivar os alunos a interagirem e exporem seus comentários oralmente sobre os temas abordados. Durante as aulas, levantamos questões com a turma, solicitando suas opiniões e o que eles estavam compreendendo sobre as temáticas. Nossas aulas envolvendo as temáticas de História da Grécia e Roma Antigas centraram-se basicamente na problematização de questões sociais, políticas, econômicas e culturais sobre cada um dos povos estudados. No decorrer das aulas, procuramos motivar os alunos a perceberem e identificarem ligações entre o que era estudado e a realidade a sua volta.
A primeira atividade envolvendo o uso de quadrinhos foi desenvolvida com base na temática: democracia ateniense e eleições. Esse tema havia sido discutido durante a aula e, para essa atividade, foi selecionado um recorte da revista em quadrinhos: A Turma da Mônica, da coleção: Saiba Mais. Essa coleção faz parte de uma coletânea de revistas em quadrinhos com temas voltados para fins educativos – como exemplos das temáticas desses volumes, podemos citar: “Jogos Olímpicos”, “Proclamação da República”, “Dia do trabalho.” No caso, usamos uma HQ que fazia parte do número dedicado às eleições, tema que foi bastante relevante no momento de nosso estágio, em especial na aula sobre democracia, uma vez que, durante nosso período de estágio, estávamos em meio às eleições presidenciais de 2018.
Quadrinhos 1 – Turma da Mônica – DemocraciaFonte: SOUSA, 2010.
Havia uma única questão envolvendo esse quadrinho: “qual o significado da palavra democracia?”. A Resposta da questão segue logo na primeira fala do personagem. Assim, a maioria dos alunos não encontrou dificuldade para responder corretamente a essa questão. Houve apenas um aluno que se confundiu e trocou a resposta de: poder do povo para poder do voto. A atividade com esse quadrinho teve a intenção de ilustrar o que os alunos já haviam estudado durante a aula. Ou seja, como sustenta Vergueiro (2010, p. 24), “os estudantes, pela leitura de quadrinhos, são constantemente instados a exercitar o seu pensamento, complementando em sua mente os momentos que não foram expressos graficamente, dessa forma desenvolvendo o pensamento lógico”.
Outro trabalho realizado com a turma 62, envolvendo o uso de quadrinhos, ocorreu quando com a temática acerca da cidade de Roma. Para que a atividade estivesse conectada com o tema da aula, utilizamos trechos da revista em quadrinhos Asterix e Obelix: Os Louros de César. Essa revista foi escolhida em função de seu conteúdo bastante amplo, que envolve a História de Roma. Todavia como o tempo para a atividade nesse dia era de apenas 15 minutos, tivemos de fazer alguns recortes específicos de trechos da HQ, de partes que tivessem mais sentido com a temática que estávamos estudando no dia da atividade.
Quadrinhos 2 – Asterix e Obelix – A cidade de Roma
Fonte: GOSCINNY; UDERZO, 1985.
Essa atividade apresentava questões que os alunos deveriam responder com base em suas observações, análises e descrição dos quadrinhos, correlacionando tudo com base em nas aulas sobre o tema e sua ‘bagagem cultural’.[4]
Assim, nos primeiros quadrinhos onde aparece a figura de Júlio César, estava a seguinte questão: o quadrinho abaixo mostra Júlio César depois de suas conquistas na Gália, observe com atenção os quadrinhos e descreva sua interpretação do que está acontecendo. Tente fazer ligações com nossa atualidade. A segunda e última questão era: o quadrinho abaixo mostra o agitado cotidiano da Cidade de Roma; observe com atenção as imagens e as falas dos personagens e descreva a sua interpretação do que está acontecendo. Tente fazer ligações com a nossa realidade, hoje em dia, e com os centros de nossas cidades.
Ao todo, 13 alunos completaram essa atividade. Ao analisar as respostas dadas à primeira questão, notamos que a maioria dos alunos respondeu de forma bastante parecida, ao descreverem a expansão territorial romana e o aumento populacional, por conta das construções das cidades. Ao fazerem as comparações com o tempo presente, muitos alunos relacionaram temas, como o meio ambiente, ao descreverem o uso dos recursos naturais, o desmatamento para o avanço das construções das cidades e para a compra e venda de terrenos.
A figura de Júlio César foi atribuída por alguns alunos a um líder autoritário, um imperador, que planejava levar a civilização nos moldes Romanos à Gália e expandir seu império. Além disso, os alunos, ao fazerem comparações com o cotidiano, buscaram, antagonicamente, diferenciar Júlio César dos atuais governantes ou mesmo apresentar alguma semelhança dele com nossas figuras políticas, a saber: prefeitos e governadores. Por exemplo, dois alunos assim escreveram: “Júlio César estava planejando mudar a civilização e hoje em dia os governantes não fazem mais isso”; “Parece um prefeito, tentando aumentar sua cidade, substituindo uma floresta por um parque ou em pôr um prédio”. Por essas respostas, podemos entender que as observações dos alunos estão relacionadas à bagagem cultural de cada um. Ao fazerem comparações com seu o cotidiano, provavelmente os alunos estavam recordando de suas vivências, por exemplo, o período das eleições, com as propagandas de televisão, rádio e internet, ou do que eles estavam vivenciando em seu meio familiar. Portanto, podemos supor que as respostas constituem parte do capital cultural adquirido dentro e fora da escola.
A segunda questão teve respostas um pouco mais variadas. Os alunos fizeram descrições dos cenários, do centro da cidade de Roma, dos seus personagens e de suas falas, relacionadas ao contexto do quadrinho. As descrições mais comuns foram sobre o comércio na cidade e sobre o mercado de escravos. Por exemplo: “os quadrinhos mostram os antigos comerciantes de escravos e alguns vendedores ambulantes. Hoje ainda temos muitos vendedores ambulantes aqui na capital”; “Uma cidade agitada com pessoas berrando e fazendo propaganda de seus comércios”; “Parece uma manifestação, ou um carnaval”. Como podemos observar, ao fazerem descrições relacionadas ao tempo presente, os alunos embasaram suas respostas no senso comum que experienciam cotidianamente. No entanto a opinião formulada com base no senso comum tem sua importância para o ensino de História, pois, segundo Circe Bittencourt (2010), é por meio do senso comum que o professor pode estabelecer um diálogo com a leitura de mundo de seus alunos. Já para Peter Lee (2006), a disciplina de História, muitas vezes, é compreendida como uma disciplina de senso comum, pois muitos alunos a compreendem como algo estático no tempo; há um passado engessado do qual não podemos ter certeza do que aconteceu exatamente; ou mesmo que as coisas mudam e a História não faz sentido para o cotidiano dos dias atuais. Já que o mundo mudou, segundo o autor: “muitos estudantes, então, operam com um conjunto de ideias que funcionam bem na vida cotidiana, mas que tornam a história impossível. Porque há um passado permanente, somente uma consideração verdadeira pode ser feita” (LEE, 2006, p. 139).
Nesse sentido, o autor busca elaborar uma resposta para o problema, seguindo a teoria de Rüsen (2007), ao descrever que é necessário criar um vínculo entre as ideias que os alunos têm sobre a disciplina com suas bagagens adquiridas no seu cotidiano, bem como construir, com base nas compreensões da vida prática, ligações entre a História e a atualidade que façam sentido para os alunos, para que a disciplina se construa no ambiente escolar como uma ciência crítica, com um sentido para a vida prática. Segundo Lee (2006, p. 147), “[d]evemos tentar desenvolver abordagens práticas que construam nosso conhecimento das ideias dos alunos e os tipos de passado aos quais têm acesso”. Ou seja, por meio dessa atividade, tentamos construir ligações entre o conteúdo da disciplina de História e o cotidiano dos alunos, estabelecendo com as indagações relacionadas ao tempo presente uma aproximação com as experiências de vida dos alunos, para que, assim, a História tivesse mais sentido.
Apesar de obtermos respostas pouco variadas, essa atividade foi significativa, uma vez que os alunos analisaram pela primeira vez os quadrinhos, sem questionamentos sobre o conteúdo pré-formulado pelo professor. Desse modo, eles puderam construir suas próprias interpretações de acordo com aquilo que estudaram anteriormente. Com as HQs, a maioria dos alunos soube relacionar o conteúdo dos quadrinhos com o conteúdo das aulas de História, conforme o que era solicitado..
Considerações Finais
As HQs mostraram-se que são formas bastante eficientes como ferramentas pedagógicas de ensino aprendizagem, pois facilitaram o entendimento dos alunos e os fizeram relacionar os conteúdos das aulas de forma abrangente. De modo geral, isso foi comprovado após o término de nosso estágio em um questionário aplicado na turma 62. A maioria dos alunos respondeu que havia gostado de interagir com o tipo de material, que as aulas e as atividades foram divertidas. A diversão e o entretenimento não são o foco para a transmissão dos conteúdos nas aulas de História, mas, sem dúvida, usar os HQs como ferramentas de aproximação com os alunos foi recompensador em todos os sentidos.
REFERÊNCIAS
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do projeto à avaliação. Para uma educação histórica de qualidade. JORNADAS INTERNACIONAIS DE EDUCAÇÃO HISTÓRICA, 4., 2004, Braga, Portugal. Actas… Ed. Universidade do Minho, 2004.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo Cortez, 2014.
GOSCINNY, René; UDERZO, Albert. Asterix à Volta ao Mundo. Os Louros de César. V. 10. Rio de Janeiro: Editora Record, 1985.
LEE, Peter. Em direção a um conceito de literacia histórica. Educar, Curitiba, Editora UFPR, Especial, p. 131-150, 2006.
PALHARES, Marjory C. História em Quadrinhos: Uma Ferramenta Pedagógica para o Ensino de História, 2010. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2262-8.pdf>.
PORTUGAL, Ana. A Utilização de História em Quadrinhos no Ensino de História. Revista Camine: Caminhos da Educação, Franca, v. 7, n. 2, p. 201 – 211, 2015.
RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Editora Contexto, 2004.
ROCHA, Helenice A. P. Aula de História: que bagagem levar? In: MAGALHÃES, Marcelo; ROCHA, Helenice; GONTIJO, Rebeca. (Org.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. 1 ed., v. 1. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2014. p. 81-104.
RÜSEN, Jörn. História Viva. Teoria da história III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.
SOUSA, Maurício de. Saiba Mais sobre Eleições com a Turma da Mônica. São Paulo: Globo, 2010. (Coleção Saiba Mais, n. 37, set. 2010).
VILELA, Túlio. Os quadrinhos na aula de História. In: RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro (Org.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. p. 105-129.
[1] Experiência esta que ocorreu durante as disciplinas de Estágio Curricular Obrigatório II e III, sob a orientação da Prof. Dra. Gabriela Miranda Marques, do curso de História Licenciatura, do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED –, da Universidade do Estado de Santa Catarina –UDESC.
[2] Sobre a classificação dos quadrinhos enquanto nona arte ver: http://quadro-a-quadro.blog.br/por-que-quadrinho-e-a-nona-arte/
[3] “No modelo de aula-colóquio, o saber pode ser problematizado e partilhado, mas a atenção continua a centrar-se na atividade do/a professor/a e nos seus materiais de apoio, mantendo-se na sombra o cuidado a ter com as ideias prévias dos alunos e consequentes tarefas cognitivas a desenvolver por estes nas aulas (BARCA, 2004, p. 133).
[4] Bagagem ou capital cultural é um termo utilizado por Helenice Rocha, que segundo a autora é “a relação entre aquilo que o aluno traz e o que a escola requisita ou espera dele. No caso específico da aula de história, tal bagagem ou capital se traduz nas informações prévias que se aproximam dos conhecimentos históricos escolares” (ROCHA, 2014, p. 90).