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Por que nós, professoras/es da Educação Básica, devemos registrar e compartilhar nossos fazeres docentes?

barbara2 – Bárbara Souza

Bárbara Souza Teixeira

Sou professora de 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte (MG), desde o ano de 2017. Mestra em educação, na linha de pesquisa Infância e Educação Infantil pelo PPGE Conhecimento e Inclusão Social da Fae/UFMG (2016-2018). Graduei-me em Pedagogia na mesma Universidade (2009-2014). Possuo Pós-graduação lato sensu em História e cultura afro-brasileira (2022) e em Atendimento Educacional Especializado (2023), ambas pela Faculdade de Educação São Luís. 

Contato: barbara_bhz@yahoo.com.br

Quando nos tornamos estudantes de licenciatura, no ensino superior, carregamos dentro de nós muitas lembranças, positivas ou não, das escolas por onde passamos. Assim, o espaço escolar nos é familiar, mas só possuímos a perspectiva de quando éramos estudantes. Um pequeno número entre as licenciandas[1] constrói alguma experiência na prática, durante a formação, através da participação em programas, pesquisas de iniciação científica e dos estágios remunerados. Algumas também trazem consigo algum saber em lidar com crianças e jovens, adquiridos em outros espaços, como ONGs e igrejas.

Na graduação, em uma ou outra disciplina, seremos estimuladas a pensar e produzir um planejamento de aula. Essa simulação, provavelmente, será também utilizada com objetivo de avaliação por parte do/a professor/a universitário encarregado/a da disciplina. Para esse tipo de trabalho, dedicaremos semanas na preparação, pesquisaremos referências atualizadas e metodologias inovadoras e atuais. Na nossa imaginação, não há nenhuma restrição de orçamento ou de espaço que interfira no planejamento e há uma sala com 30 estudantes engajados, sem nenhuma exceção. No dia marcado, apresentaremos a proposta de planejamento e tudo dará certo, pois apenas mostraremos alguns slides no PowerPoint contendo as nossas intenções para o/a professor/a e nossa turma. Porém, aquele planejamento nunca encontrará de fato uma sala de aula cheia de crianças ou adolescentes.

Quando estudantes universitárias, fantasiamos como seremos e o que faremos quando estivermos responsáveis por uma turma. Lemos as pesquisas em educação e tudo nos parece muito e distante. Nas disciplinas sobre políticas educacionais, os problemas parecem insuperáveis. Em História da Educação, apenas é possível pincelar alguns dos tantos movimentos que nos trouxeram até onde estamos no presente. Nas disciplinas sobre formação e trabalho docente, nos assombramos com o número de professores espalhados pelo Brasil e discutimos os desafios dessa formação em um país tão grande. E nas disciplinas sobre sistema de avaliação educacional, comparamos o Brasil nos rankings internacionais e fazemos lista com os motivos de ocuparmos desonrosas posições. E mais uma vez tudo nos parece tão distante.

Até que chega o dia em que nos formamos e a primeira vez dentro da sala de aula já não é mais imaginação. E você se sente estranha, com um medo enorme, mas também com uma alegria inocente. E fica pensando: como você nunca ouviu alguém dizer que entrar na escola como professora é totalmente diferente de qualquer outra experiência escolar que você já teve? De repente, aquele espaço que parecia tão comum, afinal ontem mesmo você estava ali como estagiário e ou estudante, te parece algo totalmente desconhecido.

Então  você começa a se esforçar para se entender e se encaixar ali. Fazer amizades e estabelecer relações com as colegas de trabalho, sem saber ao certo a medida de como se portar. Se muito jovem é preciso demonstrar segurança, mas sem ser arrogante. Sendo mais velha, é preciso mostrar vigor e modernidade. Ser simpática, sem deixar de ser profissional. Manter o otimismo em um espaço repleto de pessoas que estão há anos desiludidas com a própria carreira. Mil sentimentos em pouco tempo! Centenas de páginas ainda não seriam suficientes para escrever sobre a imensidão de tudo o que se sente nesse início.

Nesse turbilhão, você se depara com um contexto adverso na sala de aula e com a necessidade de construir uma relação com crianças reais que sentem, pensam e carregam suas próprias (muitas vezes doloridas!) histórias. E você precisa lidar com os planejamentos diários para inúmeras disciplinas. Você percebe que boas aulas requerem tempo para ficarem prontas (aquele mesmo tempo que o professor te concedeu na graduação para fazer aquela apresentação de um planejamento de aula, lembra?). Agora você entende que o tempo é finito e, por isso, recorre ao livro didático e às atividades prontas. E se sente péssima por isso! Mas segue em frente porque o tempo na escola, na maior parte das vezes, é esse amontoado apressado de tarefas e aleatórios acontecimentos. E você entra em sala e ninguém te dá atenção. E você tenta conversar. E perde a paciência. E tira o recreio das crianças. E se sente mal. E retorna para casa chorando no ônibus. E se envergonha. E tem uma noite péssima. E volta no outro dia e pede desculpas às crianças. E promete a si mesma que não vai mais agir daquela forma. E age novamente. E volta chorando para casa. E se sente a pior pessoa do mundo. Incapaz. E volta no dia seguinte. E começa a achar que você não sabe nada e é uma farsa. E você conta uma história e as crianças participam atentamente. E você as ouve dizerem coisas lindas e profundas. E você se encanta com a experiência vivida. E vai para casa sorrindo no ônibus. E volta no dia seguinte e lê mais uma história. Muito parecida com a de ontem. E é um fiasco. E você volta para casa confusa no ônibus. E volta no dia seguinte para escola… Você descobre que ser professora tem a ver com tentativas, que cada dia é único e que você precisa estar sempre em movimento.

Ser professora não é fácil. Constantemente dizemos isso por todos os desafios, desde precárias condições de trabalho às questões diversas ‒ como abusos de poder e violência ‒  que envolvem a nossa profissão. Mas existe também a dificuldade de se tornar professora, e não sei se falamos sobre isso com a frequência necessária.

É preciso dizer que os primeiros anos de docência são muito desafiadores. Você se questiona sobre o que está fazendo ali e se pergunta o que esteve fazendo durante todos os anos da formação superior, já que parece não se lembrar de nada. Procurando nos sites de busca, encontraremos pesquisas tratando as dificuldades do início da carreira docente, mas não sei se algum deles é capaz de expressar com fidedignidade como é esse início. Soma-se ainda a solidão que sentimos, já que, tal como afirma Nóvoa (2023a), o professor encontrará falta de suporte nos três ciclos do processo de se tornar professor:  durante a formação inicial; durante a iniciação à docência; e ao longo da profissão em sua formação continuada.

Não obstante, você reúne algumas boas lembranças com uma boa dose de arrependimentos e aprendizados. Muito aos poucos, no popular “aos trancos e barrancos”, você vai melhorando a sua prática, ampliando seu repertório, aprendendo a fazer curadoria. Você começa a colecionar centenas de bons momentos, boas sensações, aprendizados. Progressivamente, você começa a não se sentir tão insegura e as “cartas na manga” começam a se tornar mais abundantes. A isso chamamos experiência.

A escola é feita de pequenas coisas

O percurso que leva cada um a construir a própria experiência é diferente para cada pessoa, evidentemente. Tem a ver com nossa história de vida, com o quanto investimos em nosso próprio amadurecimento, com nossos anseios pessoais. Mas há algo que talvez seja uma convergência nesse amadurecimento para os professores. Faço aqui uma interrupção para dizer que não é nem um pouco embasada cientificamente a colocação que farei agora, é uma afirmação totalmente baseada em minha experiência e nas conversas íntimas com meus inúmeros amigos e amigas professores. Esse ponto em comum tem a ver com uma compreensão, que fica cada vez mais sólida à medida que o tempo passa, de que a escola não é feita dos grandes momentos, mas sim dos pequenos. Talvez até já tivéssemos pensado sobre o assunto antes de sermos professoras, mas talvez não tivéssemos sido totalmente convencidas ou tivéssemos considerado que era apenas uma forma poética de dizer. Porém, a experiência nos reafirma diariamente e com clareza que assim é.

Vez ou outra, algum projeto se destaca, e você preenche uma parede inteira com vários cartazes e maquetes com produções dos alunos. Vez ou outra, a escola toda se reúne na quadra para ver a apresentação de um teatro que a sua sala apresentará brilhantemente. Vez ou outra, fazemos uma excursão e nos sentimos honradas e imensamente alegres por poder compartilhar a emoção de estudantes que estão indo ao museu pela primeira vez. E, uma vez ao ano, a escola se enche de bandeirinhas e do cheiro da canjica e reúne as famílias para apreciarmos a fofura das apresentações da festa junina.

Momentos como esses se destacam, pois os registramos com muitas fotos e vídeos. Mas a exposição, a apresentação, a festa, a excursão duram pouco. O que aconteceu nos outros dias? No produto não ficam evidentes ‒ a não ser aos olhos mais sensíveis e experientes ‒ as longas horas de ensaios. As negociações que precisaram ser feitas. As inúmeras pesquisas até chegarmos às maquetes. Os vários cartazes que foram jogados fora até que chegássemos a um que finalmente agradasse. O colo que acalmou a frustração. A mediação de um diálogo que resolveu um conflito no recreio. O socorro a um machucado. As tentativas, erros e acertos.

Todos os dias, na escola, abraços são distribuídos, gentilezas são oferecidas. Há também violência, agressividade e o nosso aprendizado para tratar cada questão. Há livros que são lidos sem motivo algum, pelo simples prazer de estarmos em roda compartilhando algo tão humano como o ato de contar histórias. Dependendo do tipo de livro, há interrupções para gostosas gargalhadas ou para o choro emocionado e confidências da maior intimidade. Há troca e acolhimento. Há aprendizagem da matemática e da língua portuguesa. Há experimentações científicas e brincadeiras. No dia a dia, há trocas entre professoras e professores em busca do melhor meio para que as crianças aprendam. Há preocupação em saber se aquela criança está sendo bem tratada e protegida. Tudo isso, todos esses pequenos acontecimentos, vão criando a nossa experiência e dando contexto às nossas práticas.

No plano de aula escrito no tempo da universidade, os alunos eram hipotéticos, o contexto era hipotético, mas, na escola de verdade, ser professora é lidar com a realidade se impondo ao que gostaríamos que fosse sonho. É aprender fazendo. É pensar em propostas, soluções, possibilidades entre as frestas. É se esforçar para tocar o outro. É fazer o trabalho de construir pontes, de alimentar, de cuidar. É ensinar e aprender.

A experiência e o conhecimento que só os professores têm

Nessa complexidade que é se tornar professora, vamos construindo muito conhecimento sobre a nossa prática: como organizar um grupo de estudantes e estratégias para que eles prestem atenção em você; como mediar conflitos; como desenvolver essa ou aquela metodologia; como construir melhores planejamentos; como armazenar o próprio material de modo que você consiga utilizá-los quando preciso; como avaliar com mais justiça; como organizar e distribuir melhor o tempo em sala de aula, entre tantos outros conhecimentos importantes que levam um tempo e muita energia para serem desenvolvidos e melhorados.

Entretanto, raramente escrevemos sobre o que fazemos. Muitas vezes até desvalorizamos o nosso próprio saber, como se aquilo que fazemos não fosse importante, como se fosse algo banal, cotidiano, indigno de ser transformado em nota. Apesar de construirmos diariamente a práxis educativa, em espaços de formação de docente, raramente são as professoras da educação básica que estão a falar e serem ouvidas. A esse respeito, Nóvoa (2023) escreveu o seguinte:

Nas últimas décadas, os professores perderam visibilidade pública e a sua voz foi sendo substituída por especialistas de matérias tão diversas como o currículo, as tecnologias, as competências socioemocionais ou os estudos do cérebro. Publicamente, ouvem-se muitos discursos sobre educação, o que é de enaltecer, mas falta uma maior presença e participação dos professores. A cada ano, em todo mundo, publicam-se milhares de títulos sobre a profissão docente e a formação de professores. Esta literatura prolixa tem uma falha maior: reflete insuficientemente sobre os professores como detentores de um conhecimento próprio, como produtores de um conhecimento profissional docente. E mesmo quando esta reflexão existe, ela é dinamizada por acadêmicos e não pelos professores da Educação Básica. Não se pense que é um tema menor. É mesmo a questão central para os professores e a sua formação (NÓVOA, 2023, p. 11, grifo meu).

Com essa afirmação, não quero dizer que não devamos dedicar atenção a esses especialistas. É essencial buscar referências, conhecimentos, afastar-se da própria prática, pensar teorias, ouvir outras vozes, conhecer diferentes áreas, diferentes pessoas, criar conexões; tudo isso é de suma importância para todo professor/a. Porém, não deveríamos também ouvir e nos inspirar na prática dos nossos próprios colegas?

Para que esse movimento possa acontecer, é preciso que esses conhecimentos produzidos pelas professoras da educação básica extrapolem os muros da escola e alcancem outros lugares. É muito importante que criemos uma cultura de registrar e comunicar aquilo que fazemos para que essas ações possam ter a visibilidade que merecem e para estabelecermos diálogos e trocas com os outros.

É verdade que a forma como o tempo escolar é pensado e a estrutura que nos envolve dificultam muito que registremos o que fazemos, mas é urgente que o façamos, até para reivindicarmos esse espaço que nos pertence. Fico pensando no quanto esse movimento poderia ser revolucionário para nós. Iniciativas[2] como esse número especial da Revista Brasileira de Educação Básica bem como o Congresso de Boas Práticas dos Profissionais da Rede Municipal de Belo Horizonte valorizam o nosso trabalho e evidenciam o quanto fazemos, a qualidade dos trabalhos, como é rico o cotidiano das escolas, como professores/as seguem resistindo e criando projetos tão cheios de boniteza, mesmo com tantas adversidades.

Sobre esse compartilhar, observo que vêm crescendo, cada dia mais nas redes sociais, páginas de professoras que se dedicam a transformar em conteúdo online o que fazem no dia a dia. Entretanto, apesar de ser também importante esse formato para a internet, seria também interessante criarmos a cultura do registro, seja por escrito ou por vídeos e fotos, que traga em si a experiência do compartilhamento da prática a partir da reflexão sistemática do professor-autor que elabora e significa sistematicamente a própria vivência, assim como propõe Nóvoa (2023):

As investigações experimentais ou teóricas conduzidas e escritas por universitários e outros especialistas são muito importantes, mas são insuficientes para devolver toda a riqueza e complexidade da educação. Os relatos de inovações ou de experiências concretas feitos por professores são muito importantes, mas não são suficientes para compreender toda a dimensão do trabalho educativo. É preciso completar estas duas abordagens com o terceiro tipo de escrita e de publicação, a saber, textos escritos por professores que, com base em vivências pessoais, produzam uma reflexão e sistematização das suas experiências e iniciativas. Não são meros relatos ou narrativas, mas antes um esforço de sistematização que possa desencadear dinâmicas de partilha e ser inspirador para outros educadores e outros contextos. Insisto neste ponto: todas as experiências são únicas, pois foram realizadas num determinado contexto e contêm a sua própria história, não podem ser replicadas por outros; mas os princípios, as dinâmicas e os resultados dessas experiências podem inspirar novos projetos e iniciativas. (NÓVOA, 2023, p. 11).

Para Nóvoa (2023), não se trata de fazer algo individualmente, “[…] mas da possibilidade de uma ‘voz coletiva’ que dê corpo à presença dos professores no espaço público, de inscrever os professores como profissão nos debates e decisões sobre educação.” (NÓVOA, 2023, p.11). Essa “voz coletiva” que Nóvoa destaca, criada a partir da capacidade de reflexão e de ação pública dos professores, pode ser muito importante para a valorização do trabalho da educação básica, principalmente a pública, que é tão frequentemente atacada por pessoas que não fazem a menor ideia do que acontece por dentro dos muros da escola.

Também a esse respeito, Nóvoa (2023) afirma que é preciso destacar a imensa importância dos professores e do trabalho que é educar as novas gerações, aprendendo a discutir os problemas educacionais de forma séria, mas sem deixar de ressaltar a parte prazerosa e potente da profissão docente, não tratando os professores apenas “[…] pela negativa: o que os professores não têm, o que os professores não sabem, o mal-estar docente, o desprestígio da profissão, a crise dos professores, a violência nas escolas e etc.” (NÓVOA, 2023, p. 12).

O registro e a reflexão sobre a nossa própria prática nos transforma e transforma aos outros. “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”(FREIRE, 1993, p. 52). É por isso que acredito tanto no compartilhamento das práticas inspiradoras. É muito potente saber-se acompanhado e pensar que o seu pouco e pequeno se junta a outros tantos. Ouvir, ler, conversar com os colegas. Criar uma grande rede de trocas entre os educadores brasileiros. Visibilizar, divulgar e compartilhar as mais bonitas práticas, não para que elas se tornem receitas, mas para que se tornem sementes dentro de nós.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1993.

LOMBA, Maria Lúcia de Resende (Org.). Relatos e vivências de profissionais na Educação Infantil:reflexões sobre a docência. V. 1. Curitiba: Appris, 2021.

LOMBA, Maria Lúcia de Resende (Org.). Relatos e vivências de profissionais na Educação Infantil: reflexões sobre a docência. V. 2. Curitiba: Appris, 2023.

NÓVOA, Antônio. Prefácio. In: LOMBA, Maria Lucia de Resende (org). Relatos e vivências de profissionais na Educação Infantil: reflexões sobre a docência. Curitiba: Appris, 2023. p. 11-13.

NÓVOA, Antônio. Professores: libertar o futuro. São Paulo: Diálogos Embalados, 2023a.

TEIXEIRA, Bárbara Souza. “A gente se faz educador na prática e na reflexão sobre a prática”: a potência do compartilhamento de experiências entre docentes por meio da escrita reflexiva. In: LOMBA, M. L. de R. (Org.). Relatos e vivências de profissionais na Educação Infantil: reflexões sobre a docência. Vol. 2. Curitiba: Appris, 2023. p. 172-177.


[1] Fiz a opção de utilizar ao longo do texto as palavras professora e professoras, já que sou mulher e estamos nos referindo a um coletivo no qual as mulheres são maior número.

[2] Aproveito para divulgar o Grupo de Estudos e Escrita de Profissionais e Pesquisadores da Educação Básica (GEEPPEB) do qual faço parte. Este é um grupo que tem entre seus integrantes profissionais da educação básica de todo o Brasil e se fundamenta na ideia do/a professor/a autor/a que elabora, sistematiza e dialoga coletivamente transformando o seu próprio saber em conhecimento a ser compartilhado com seus pares. Já publicamos dois volumes do livro Relatos e vivências de profissionais da Educação Infantil: reflexões sobre a docência (LOMBA; 2021, 2023) e estamos finalizando o livro 3, desta vez com profissionais de todas as etapas da educação básica. O grupo pode ser contactado pela nossa página no instagram @geepeb_ e ficamos sempre felizes em receber novos professores/as que desejam se juntar a nós nesse movimento de escrita. 

TEIXEIRA, Bárbara Souza. por que nós, professoras/es da educação básica, devemos registrar e compartilhar nossos fazeres docentes? Revista Brasileira de Educação Básica, Belo Horizonte – online, Vol. 7, Número Especial A escola no pós-pandemia, novembro, 2023, ISSN 2526-1126. Disponível em: . Acesso em: XX(dia) XXX(mês). XXXX(ano).

Imagem de destaque: Eu sendo feliz em sala de aula, sentada no chão lendo livro para a turma que atravessou a pandemia comigo e que me afetou para sempre. Foto tirada pela auxiliar Ivone, meu braço direito nessa época. Ano 2022.

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