RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM VÍDEO

Nesta modalidade de envio, professoras (es) da educação básica que desenvolvam trabalhos em parceria e/ou participem de coletivos como ONGs, associações (de moradores, de produtores, de professoras (es), etc.), movimentos (sociais, ambientais, sindicais etc), grupos de pesquisa, projetos de extensão cujos pesquisadores estão voltados para a formação nestas áreas, são convidadas (os) a relatarem seus pensamentos, sequências didáticas, metodologias de trabalho, atividades, planos de aula, planos de curso e outras práticas docentes por meio de vídeo, apresentando como suas vivências foram modificadas diante da presença da mineração em seus territórios de atuação, especialmente frente aos desastres minerários e a lama invisível. Diante disso, construímos essa chamada para que essas (es) professoras (es), vinculadas a coletivos (ONGs, movimentos, associações, grupos de pesquisa e de extensão vinculados à Educação Básica) compartilhem suas experiências e práticas, por meio de vídeos.

 

O relato de experiência em vídeo ganha uma dimensão estética e linguagem audiovisual, deslocando as (os) professoras (es) a pensar em sua experiência pedagógica, dentro de uma perspectiva coletiva, por meio das potencialidades do vídeo. As professoras (es) devem pensar em imagens que ilustrem e expressem suas experiências didáticas construídas em conjunto e/ou em parceria com coletivos aos quais estão vinculadas (os). Entre as possibilidades de vídeo serão considerados: os relatos de experiências didáticas, apresentação de materiais didáticos elaborados ou sequências de atividades que abordem a temática da mineração de maneira crítica, especialmente sobre os impactos de desastres minerários ocorridos ou práticas que abordem a possibilidade de desastres territoriais que estejam localizados geograficamente abaixo ou à jusante de barragens de rejeitos com situação de segurança frágil. Também serão consideradas como possibilidades temáticas dos vídeos atividades que remetem às diversas formas de ser afetado e/ou atingido pelas atividades minerárias que abrangem desde os impactos no entorno das minas e complexos minerários (poluição, problemas de saúde, sobrecarga de infra-estruturas públicas, impactos nas estruturas das edificações, etc), até os impactos de rompimentos ao longo de extensas bacias hidrográficas (contaminação da água, desabastecimento de água em cidades, impacto em cadeias econômicas de turismo, pesca, agricultura, pecuária, doenças, danos materiais e imateriais, coletivos e individuais) assim como os impactos impostos pelos sistemas de logística que integram a atividade minerária (ferrovias, rodovias, minerodutos e portos). 

 

O vídeo em suas especificidades pode trazer um potente e sensível olhar às infinitas maneiras de se mostrar ou relatar algo com imagens. Os sons, a palavra falada, as distâncias dos objetos e das paisagens, o movimento da câmera, os detalhes de cenários, de objetos, das cores, aquilo que pode entrar e sair na tela, o zoom, variação de luz e volume dos sons, são apenas algumas das possibilidades inerentes ao audiovisual e que extrapolam o texto e outras maneiras de se comunicar e que podem fazer parte do seu vídeo.

 

Para além disso, os meios de veiculação são uma maneira de compartilhar sua experiência pedagógica com seus pares, com a sociedade em geral e também divulgar as práticas construídas pelas (os) professoras (es) das diversas ciências (biologia, química, geografia, história, português, artes, etc) dos territórios atingidos pela mineração. Buscamos com essa divulgação também estimular que outras (os) professoras (es) possam reproduzir, adaptar e construir novas possibilidades didáticas sobre o tema da mineração em sala de aula de maneira crítica.

 

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