O Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar na escola básica brasileira
O Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar na escola básica brasileira¹
A Revista Brasileira de Educação Básica (RBEB) publica textos diretamente relacionados a qualquer área, disciplina ou dimensão da educação básica. A proposta da revista é que a avaliação dos trabalhos submetidos seja um processo de formação de autoras(es), em que as(os) editoras(es), entre os quais estão docentes da escola básica e do ensino superior, atuam como colaboradoras(es) no processo de reelaboração dos textos, quando isso for necessário. Assim, os trabalhos submetidos à revista serão enviados a uma dupla de editores/avaliadores, que farão a leitura e, caso haja necessidade, farão sugestões de melhorias ou de adequações aos temas pertinentes ao número especial. As sugestões e orientações serão enviadas ao e-mail informado pelo autor ou autora no ato da submissão.
Para esta edição especial O Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar na escola básica brasileira[1], os artigos ou produtos audiovisuais terão como temática o Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985, com o intuito de socializar experiências e suscitar reflexões, na Educação Básica, sobre a repressão e sobre as lutas pela democracia no país durante aquele período.
O nosso objetivo é o de reforçar, na escola básica, a luta pela democracia, pela memória e pela justiça de reparação, elementos fundamentais para que nunca mais tenhamos regimes políticos de exceção como aquele. Em sua construção coletiva, convidamos professoras e professores a produzir artigos, relatos de experiência, textos de opinião, resenhas, bem como produtos audiovisuais como fotografias, vídeos, sons sobre atores sociais, as narrativas, as memórias e sequências didáticas relacionadas ao ensino e à aprendizagem sobre o Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar no Brasil.
Todos os materiais a serem publicados nesse número especial devem ter como objetivo a construção de uma sociedade igualitária, democrática, inclusiva, não violenta, antirracista, anti-LGBTfobia, antissexista, anticapacitista e de um Estado laico no Brasil. Devem, igualmente, estar engajados no combate a todo e qualquer tipo de discriminação e violência, notadamente, aquelas que são motivadas pelo gênero, raça, etnia, orientação sexual, religião, região, profissão e engajamento político das pessoas.
Dessa forma, queremos que este número especial seja um espaço para discutirmos, dentre outros temas pertinentes:
- Memórias de experiências escolares durante a Ditadura;
- Repressão e Resistência em Arquivo/Espaços de Memória – como explorar na escola básica?
- História da educação e da escola na Ditadura;
- A Ditadura e os arquivos Escolares;
- Ensinar e aprender sobre a Ditadura nos últimos 60 anos;
- Educação das mulheres na Ditadura;
- A Ditadura e a educação das populações indígenas, quilombolas, negras, de refugiados e LGBTQIA+;
- A Ditadura no cotidiano escolar;
- As novas direitas, as Ditaduras e suas presenças na escola básica;
- A Ditadura nos materiais de destinação escolar produzidos pelas direitas;
- A Ditadura nos livros didáticos;
- A Ditadura nas leituras literárias escolares;
- As Cartografias da Ditadura: conformismo e resistência;
- A Ditadura, Direitos Humanos e o “Educar para o Nunca Mais;
- Memória, História e Justiça de reparação na escola;
- Ditadura e patrimônios educação escolar;
- O campo e a cidade: Ditadura e lugares de resistência e repressão;
- Artes, repressão e resistência nos ambientes escolares;
- A Ditadura na cultura digital: desafios para a escola básica;
- Ditadura, pensamento autoritário, laicidade e religiões no Brasil;
- Movimentos democráticos, políticas educacionais e gestão escolar.
- A educação básica diante dos desafios de movimentos extremistas
- Ditadura civil-militar e educação das sensibilidades
Os textos, preferencialmente hipertextos, podem trazer resultados de pesquisas, relatos autobiográficos, propostas de intervenções didático-pedagógica ou de gestão escolar, experiências de ensino-aprendizagem em todas as disciplinas escolares ou em todo e qualquer tempo-espaço da escola durante os últimos 60 anos, desde que abordem, direta ou indiretamente, a Golpe de 1964 e a Ditatura Civil-Militar no Brasil.
Contamos com vocês!
A seguir, apresentamos as diretrizes para submissão e seleção dos artigos ou audiovisuais.
Prazo para submissão e processos de avaliação e seleção
A data final para submissão de artigos/audiovisuais é 15 de janeiro a 31 de março de 2024, por meio dos formulários disponibilizados nas orientações para produção/envio de artigos para a RBEB. No entanto, o recebimento de artigos poderá ser suspenso antes do dia 15 de março de 2024, se recebermos, antes desta data, 30 artigos/audiovisuais para o número especial sobre o Bicentenário da Independência.
Nenhum artigo enviado será reprovado, a não ser que não dialogue com os princípios do número especial: construção de uma sociedade igualitária, democrática, inclusiva, não violenta, antirracista, antiLGBTfóbica, antissexista, anticapacitista e de um Estado laicono Brasil. Serão selecionados até 20 artigos recebidos por meio desta chamada para compor o número especial da RBEB “O Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar na escola básica brasileira”.
Todos os materiais recebidos serão avaliados por um Conselho Editorial que verificará a necessidade de revisão para publicação na e acompanhará as/os autoras/es nesta revisão, caso ela seja necessária.
Para selecionar até 20 artigos que serão publicados no número especial da RBEB, serão considerados os seguintes critérios:
- Dialoga com algumas das questões sugeridas na Chamada?
- Está adequado aos princípios da Revista e da temática do número especial, com menor necessidade de revisão?
- Segue as normas de submissão, diretrizes de produção indicadas nesta chamada?
- Garante representatividade de autoria de diferentes regiões do Brasil?
- Garante diversidade de atores sociais e questões abordadas?
- Aborda a temática nos processos de ensino e aprendizagem da Educação Básica?
- Conta com a colaboração de autor/a que atua na Educação Básica?
Para ler as diretrizes para envio de textos e produtos audiovisuais, acesse os links abaixo:
Organizadoras/es:
Profa. Carmem Gil – UFRGS
Prof. João Victor Oliveira – UFMG/SEE MG
Prof. Luciano Mendes – UFMG
Profa. Samira Araújo – SEE MG
[1] Lembramos que estamos atualizando a nomenclatura para Escola Básica, mas que, até 1971, era Escola Primária e Secundária e que, de 1971 a 1996, era Ensino de 1º e 2º graus. Foi a LDB de 1996 que consagrou o termo Educação Básica para referir-se a este nível da educação brasileira.
Crédito da imagem destacada: Manifestação contra a ditadura militar, muitos estudantes reunidos na praça da República com cartazes e faixas. Coleção: História da Ditadura Fundo: Arquivo Nacional/Correio da Manhã