Editorial

Mais uma edição corrente está no ar e apresentamos as contribuições de 19 autoras e autores que espontaneamente enviaram seus textos para serem publicados na Revista Brasileira de Educação Básica. 

O número 31 traz as contribuições de autoras e autores presentes em 7 cidades brasileiras, Ji-Paraná (RO), Campinas (SP), Belford Roxo (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Redenção (CE) e Vitória (ES). O lugar da autoria, ou o lugar físico  de onde partem muitas das experiências aqui publicadas, se deram consideravelmente no Sudeste, com 4 contribuições, Sul, Norte e Nordeste com 1 contribuição cada. 

Das 19 autoras e autores, 12 são professoras e professores da Educação Básica, por sua vez, das 12 autoras e autores, 08 são pós-graduadas. Esses números que revelam o perfil de formação e atuação da edição de número 31 é um dado importante do perfil da autoria da Revista Brasileira de Educação Básica que se repete ao longo de 18 edições publicadas entre 2016 e 2022. 

Ao longo do último ano as edições correntes foram objeto da investigação acerca do perfil da autoria da RBEB. Buscamos atribuir um perfil às 343 autoras e autores da RBEB ao responder questões de gênero, atuação e formação bem como atribuir espaço àquelas e aqueles que espontaneamente enviaram seus textos.

E quanto aos temas. O que as nossas autoras e autores têm a dizer sobre Educação Básica? 

No artigo Dialogias em alfabetização & iniciação matemática, com caráter de revisão bibliográfica, Josélia Gomes Neves propõe uma reflexão teórica a partir da perspectiva construtivista onde de acordo com as concepções infantis, letras e números em um primeiro momento podem fazer parte de um mesmo campo de saber. A autora buscou colaborar conceitualmente para um fazer pedagógico de qualidade no início da escolarização básica ao aproximar esses dois campos do conhecimento.

Abel Furlan Garcia, Carlos Antônio Junior e Vera Railda da Silva Abdo Pereira interessados em desenvolver práticas que relacionem a teoria e os saberes vindos das vivências dos alunos, são autores do relato de experiência A horta como um  espaço de aprendizagem, sentidos e convivência que apresenta o projeto “JoaNinho”. Um dos resultados apresentados foi uma maior aproximação da comunidade com a escola.

Stéphanie Gomes dos Santos autora do artigo Atletismo na escola em uma perspectiva lúdica realizou uma investigação com professores em formação inicial e relatos de experiências dos participantes de um projeto sócio esportivo sobre a difusão do Atletismo dentro do ambiente escolar, através de atividades lúdicas. Os resultados da investigação estão relacionados ao uso da ludicidade como uma estratégia de aprendizagem e autonomia frente aos desafios que os futuros professores encontram ao lidar com a escola básica.

Raquel Augusta Melilo de Oliveira e Renata Fernandes Maia de Andrade no artigo Futebol e geopolítica: uma estratégia de ensino apresentam o resultado de uma atividade que teve por objetivo despertar o interesse para o aprendizado do conceito de nação e nacionalidade por meio do futebol. No artigo podemos acompanhar o retorno dos estudantes quanto às questões sensíveis despertadas pelo futebol.

Simone de Mamann Ferreira, Eloisa Barcellos de Lima, Nedi Von Fruauff, Laís Heck da Cruz, Júlia Matias Martins e Guiliana Nicanor Alves no artigo Roteiro para criação de um guia tipográfico acessível apresentam o processo de criação de um guia tipográfico voltado para a promoção da acessibilidade. O artigo conta com a autoria de professoras da educação especial e estudantes de design por meio do projeto de extensão Desenho Universal da Aprendizagem/Criação, Organização e Adaptação de Materiais e Recursos pedagógicos para estudantes da Educação Especial (DUA-COAMAR) do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (CA/UFSC).

Paulo Gilson Felício do Nascimento Filho, Isaú Martins Pereira, João Paulo Carvalho Bezerra, Márcia Barbosa de Sousa e Regilany Paulo Colares no artigo Contribuições das aulas laboratoriais para o ensino de Biologia buscam enfatizar a contribuição das aulas práticas nos laboratórios de Biologia, ressaltando a importância desta modalidade didática sobre o processo de ensino-aprendizagem da Biologia no Ensino Médio.

Por fim, ainda sobre as contribuições espontâneas, Marcio Bernardino Sirino no ensaio Educação: um projeto falido? discute com base na Teoria do Discurso, de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, em articulação com os Estudos Críticos de Fantasia, organizados por Jason Glynos e David Howarth a falência dos projetos educacionais pela projeção fantasiosa de supostos ‘melhorismos’ em seus discursos políticos.

A edição conta ainda com a contribuição do estudante de pedagogia Pedro Lajes no Blog da Editoria Em quem eu penso quando escrevo um artigo? O texto faz parte das atividades do bolsista em torno da investigação realizada na Iniciação científica acerca do formato utilizado na revista entre 2016 e 2022.

Por fim, e não menos importante, a capa foi desenvolvida pela Eduarda Beatriz, Priscila Ribeiro e Yolanda Assunção e conta com a autoria da Eduarda Beatriz. A imagem da capa foi inspirada no texto Roteiro para criação de um guia tipográfico acessível.

Imagem de destaque: Eduarda Beatriz

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