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Ensinar e viver o que é democracia numa escola de Ensino Médio

Alessandro Cavassin Alves

Alessandro Cavassin Alves

Graduado em Ciências Sociais, Mestrado e Doutorado em Sociologia na UFPR. Professor de Sociologia – SEED/PR, no Colégio Estadual José Pioli – Ensino Fundamental e Médio, Município: Itaperuçu – Paraná; professor de graduação na FASBAM e UNIANDRADE.

E-mail: alessandrocavassin@gmail.com

EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA

Teorias da educação apontam para a relevante necessidade de que o processo educativo tenha a presença mais ativa dos educandos na aprendizagem, em oposição a uma pedagogia centrada apenas no professor e no conteúdo pré-definido, em especial aquela de caráter autoritário (como sinônimo de autoritarismo). Tais concepções estão presentes desde a pedagogia humanista, de Rousseau do século XVIII, até o movimento de renovação educacional proposto pela escola nova já no início do século XX, de John Dewey (MOGILKA, 2003, p. 63), demonstrando ser uma reflexão mais que centenária sobre a educação participativa.

Quando se pensa um processo participativo, democrático, de ensino, algumas questões se tornam clássicas: “Como produzir uma sociedade democrática vivendo práticas não democráticas”, por exemplo dentro da escola? “Como contribuir na formação de sujeitos democráticos se o processo não é democrático?” Assim, o professor Maurício Mogilka, utilizando de autores como John Dewey e Michel Apple, define o “modo de vida” em uma “escola democrática”.

As condições favoráveis a este modo de vida, que podem ser trabalhas pelas escolas democráticas, segundo Apple e Beane (1997),[1] são o livre fluxo de ideias, que permita às pessoas estarem tão bem informadas quanto possível; fé na capacidade individual e coletiva das pessoas de criar condições para resolver problemas; o uso da reflexão crítica para avaliar problemas, ideias e política; preocupações com o bem-estar dos outros, com o bem comum e com a dignidade e os direitos dos indivíduos e minorias; compreensão que a democracia não é um “ideal” a ser buscado, mas um conjunto de valores que se deve viver na prática e que deve regular a vida coletiva das pessoas e a organização de instituições sociais para promover o modo de vida democrático (MOGILKA, 2003, pp. 33-34).

Portanto, se o estudante conseguir associar os conteúdos curriculares das disciplinas com sua prática existencial, e para isto é necessária uma “escola democrática” que valoriza a participação e escuta de todos, a probabilidade de compreensão e significação do conteúdo seria bem maior do que num processo que exigiria apenas decoreba para uma avaliação.

A educação para a democracia, então, envolveria dois aspectos, o primeiro, educar para se compreender e viver num regime político de caráter democrático e, segundo, pensar a educação formal dentro de um ambiente democrático, na qual os estudantes estejam envolvidos e comprometidos com sua educação. Neste sentido, em Sociologia, busca-se aperfeiçoar uma metodologia de ensino e aprendizagem que destaque o conteúdo “democracia” e se tenha, da mesma forma, ao ensinar, ideias e práticas democráticas, valorizando a participação e opiniões dos estudantes.

Para tanto, os resultados desta experiência que vão ser apresentados neste trabalho, fazem parte de ações realizadas entre os anos 2017 e 2018, no Colégio Estadual José Pioli, município de Itaperuçu, Estado do Paraná, a partir da disciplina de Sociologia.

EDUCAÇÃO PARA A DEMOCRACIA – “MISSÃO PEDAGÓGICA NO PARLAMENTO”

No ano de 2017 fiz a inscrição para poder participar de um curso de “formação para educadores” oferecido pela Câmara dos Deputados em Brasília, denominado “Missão Pedagógica no Parlamento” (BRASIL, 2017). Anualmente o programa abre as inscrições, sorteando eletronicamente dezesseis educadores por estado da federação, para participarem do curso a distância “Educação para democracia e o Parlamento” — o sorteio como uma característica da democracia direta que adota como referência a noção de “igualdade”, “igualdade de direitos e deveres entre os cidadãos” ou “igualdade intrínseca” (DAHL, 2001, p. 77). Neste ano fui um dos dezesseis sorteados. A primeira etapa consistia no curso on-line sobre “educação para a democracia e o parlamento”, envolvendo leituras; salas de conversação virtual; vídeos, questões objetivas e discursivas; entregas de trabalhos, prazos, que ao final confere aos participantes uma certificação de trinta horas. Na segunda etapa, dos dezesseis educadores de cada estado, foram selecionados dois professores “com melhor desempenho no curso” a distância, para realizarem, em Brasília, nas dependências da Câmara dos Deputados, a “fase presencial”, com despesas “custeadas pela Câmara dos Deputados” — aqui se destaca uma noção mais recente, proposta por uma democracia de caráter liberal representativa, que valoriza a questão da meritocracia e da representatividade (DAHL, 2001, p. 118). Sendo selecionado para esta segunda fase, com certificação de quarenta horas, fui a Brasília participar, com professores do Brasil todo (dois de cada estado) desta etapa do “Missão Pedagógica” (momento de forte integração, devido a possibilidade de estar com professores do Brasil todo, sinalizando a riqueza e diversidade do povo brasileiro, interagindo com profissionais da educação de escolas públicas desde aqueles que trabalham no ensino fundamental um até o ensino médio e de diferentes disciplinas). Nesta segunda etapa, prioriza-se, na formação, metodologias de caráter participativo, já como incentivo para se continuar a ter a mesma atitude metodológica e de ação nas escolas na qual somos professores. Por fim, o terceiro momento, denominado de “fase a distância” ou “módulo de aplicação”, os professores participantes em Brasília desenvolveriam e aplicariam um “projeto de educação para democracia em sua comunidade escolar”, com certificação de cinquenta horas.

Realizei, então, o projeto de “educação para a democracia” no Colégio Estadual José Pioli, em Itaperuçu, com alunos do terceiro ano do Ensino Médio, com o seguinte título: “conhecendo a democracia e registrando nossas experiências”. O mesmo foi avaliado pelos coordenadores do curso, concedendo-me a certificação de mais cinquenta horas, totalizando cento e vinte horas de curso. E, em conjunto com os projetos dos demais professores interessados que foram a Brasília, nossos trabalhos de “educação para a democracia” foram transformados em livro (ALVES, 2018).

Conhecer teoricamente o significado de “democracia” é algo que está presente no conteúdo pré-definido do livro didático de Sociologia que os estudantes possuem ( , 2016, cap.7 – Democracia, cidadania e direitos humanos, p. 170-193). A leitura e discussão do mesmo supriria de forma consistente saber o que é “democracia”. Mas, o projeto do “Missão Pedagógica”, como dito, exigia mais, era necessário trabalhar empiricamente com os estudantes, envolver, também, outros professores e de diferentes disciplinas, envolver a equipe pedagógica, demais agentes educacionais, direção e, ainda, envolver a comunidade no projeto que se iria realizar.

O objetivo era, então, aplicar, no segundo semestre de 2017, um projeto que aproximasse estudantes do terceiro ano do Ensino Médio com o poder legislativo municipal e estadual. E de forma interdisciplinar, contando com o apoio e ajuda de outros professores e da equipe diretiva e pedagógica da escola, e ao longo das etapas, registraríamos nossas experiências em textos, posteriormente discutidos, corrigidos e encadernados. Da parte dos estudantes, conseguiu-se trazer dois vereadores de Itaperuçu para conversarem com eles no horário da aula de Sociologia; e também, fomos algumas vezes acompanhar as reuniões da Câmara de Itaperuçu, que acontece às quintas-feiras, às dezoito horas, portanto, fora do horário de aula; conseguimos, ainda, uma visita guiada na Assembleia Legislativa do Paraná, no dia 12 de setembro de 2017, que, além de nos fazer conhecer esta casa legislativa, nos proporcionou uma aula sobre o papel do legislativo estadual, suas atividades de fiscalização do poder executivo e sobre o processo de elaboração de leis.

Enfim, acredita-se que esta atividade prática, que contava com a participação ativa dos estudantes para entrarem em contato com vereadores locais, envolvendo a comunidade, de irem à Câmara municipal em horário fora do período de aulas, de irem à Assembleia Legislativa do Paraná, de escreverem textos e pensarem sobre este aspecto importante da democracia representativa, que são os deputados e vereadores, e contando com o auxílio de outros professores, contribuiu para uma melhor compreensão do significado de se viver num regime político democrático e do papel do legislativo na política, e isto realizado de forma também democrática, com a participação de todos, e sempre aberto a possíveis mudanças sobre um planejamento mais geral.

ATIVIDADES NO ANO DE 2018 – VOTO DO ADOLESCENTE

No primeiro trimestre de 2018, para as turmas do terceiro ano do Ensino Médio, o conteúdo estruturante de Sociologia é “poder, política e ideologia” e o conteúdo específico engloba diversos temas, inter-relacionados, como democracia, cidadania, direitos humanos, movimentos sociais, poder, política, políticas públicas, Estado, governo, tipos de Estado, liberalismo, socialismo, entre muitos outros assuntos. O livro didático apresenta textos, exercícios, pesquisas, sugestões de trabalho para cada tópico, sendo contemplados dentro da Unidade 3: Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos na sociedade contemporânea ( , 2016).

Frente a um dos textos propostos no livro didático: “O direito ao voto dos adolescentes: a participação dos jovens na vida política brasileira e a reforma política” (op. cit., p. 167), focamos num objetivo: entender como os nossos estudantes do terceiro ano, entre dezesseis e dezoito anos, pensam sobre o seu direito de voto. Ao todo são quatro turmas de terceiro ano, duas pela manhã e duas no noturno, que estão tirando o título eleitoral e votando pela primeira vez. O texto discutia a participação dos adolescentes e jovens no momento eleitoral (um dos aspectos importantes da democracia representativa); após a leitura em sala, o debate ocorreu naturalmente, a partir de questões levantadas por mim, professor, e das participações, a princípio, de alguns estudantes que se posicionaram ora a favor ou contra do direito ao voto. O livro sugeria ainda uma pesquisa sobre a “reforma política” no Brasil, na qual pedi para que fosse realizada como tarefa de casa e para ser entregue. Enfim, atividades corriqueiras do ofício do professor, em especial, dos temas que abrangem a Sociologia. Mas, este objetivo específico foi pensado para ser cobrado, também, na prova objetiva, junto com os demais temas do trimestre de Sociologia (avaliação prevista no regimento escolar e de valor 4,0, ou seja, 40% da nota final, sendo realizada na segunda semana de maio, com a necessidade de recuperação posterior). Enfim, eu queria verificar se as respostas dos estudantes condiziam com o que foi discutido em sala, se os mesmos se apropriaram dos conteúdos, conseguiriam elaborar uma reflexão autônoma e crítica, tendo como referência de que a avaliação em si é um momento propício em que o professor pode, também, rever sua metodologia de ensino.

Portanto, uma das perguntas dissertativas na avaliação de Sociologia ao terceiro ano do Ensino Médio foi: Comente sobre um ou mais dos seguintes temas: o direto de voto dos adolescentes; a participação dos jovens na política; a atual reforma política no Brasil.

Foram cento e vinte provas corrigidas do terceiro ano e, de uma maneira geral, fui tabulando as respostas que encontrava nas correções.

A primeira impressão que encontrei foi a de um grande desinteresse dos adolescentes até em falar/escrever sobre “o primeiro voto”, isto porque encontrei apenas vinte e seis respostas que se posicionavam claramente sobre o tema, sendo vinte e dois delas pela “importância e defesa do voto antes dos dezoito anos”, mesmo realizando algumas críticas, e quatro respostas foram contrárias ao “voto do adolescente”, ou seja, das cento e vinte respostas, apenas 21,6% responderam de forma coerente a questão. As demais noventa e quatro respostas foram muito evasivas, por vezes até sem sentido, ou mesmo cópias de respostas de colegas ou de alguma outra fonte, demonstrando, eis minha conclusão, um desinteresse pelo tema.

Das respostas mais consistentes (vinte e seis ao todo), os argumentos giravam em torno de que o adolescente tem opiniões próprias, capacidade de escolha, novas ideias, ele é uma possibilidade de mudanças, portanto, deve votar (dez respostas neste sentido); e ainda, considerava importante a participação do jovem na política, do incentivo ao próprio jovem candidatar-se a um cargo público, de ter voz (doze respostas); foi bastante corrente a resposta de que o jovem é o “futuro” (dezessete respostas); outro tema foi que o momento eleitoral gera a possibilidade de se entender melhor o que é política, em quem votar, e até de aprender a gostar de política (dezoito respostas). E, destacando aspectos negativos do voto do adolescente apareceu que o mesmo é facilmente influenciado, inexperiente, não sabe votar, acaba optando por não votar, não se sente preparado, não conhece os candidatos e nem o que é política (dezoito respostas — lembrando que alguns que foram a favor do voto do adolescente também realizaram críticas ao mesmo e quatro respostas foram contrárias a esta lei).

A seguir, duas respostas selecionadas, para ilustrar a reflexão mais coerente dos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio:

O direito dos adolescentes ao voto foi conquistado em uma época onde a juventude se importava mais com a administração do país. Hoje não saberíamos dizer até que ponto isso é bom, já que os jovens são consideravelmente influenciados pela mídia corrompida que temos hoje. Porém, a participação da juventude seria importante se realmente buscassem saber [a importância do voto], e até mesmo em relação a reforma política que pode nos tirar direitos, assim como melhorar nossa forma de eleger candidatos (Resposta, avaliação de Sociologia no terceiro ano do Ensino Médio, aplicada em 10 de maio de 2018).

O estudante acredita que a conquista do voto do adolescente se deu em um momento em que o jovem “se importava mais” com a política e a administração pública, portanto sua percepção é de que hoje não se tem a mesma visão, em especial pela influência de uma “mídia corrompida”, que traz outros valores que não a participação política e, ao contrário, denegrindo a política e seus políticos e isto influenciaria o jovem, e toda uma população, a não se interessar mais pelo tema. Ao mesmo tempo, na segunda parte da resposta, a esperança de que a juventude realmente pudesse entender melhor sobre política e assim participar de forma mais consciente e estar atento, por exemplo, ao que se discute sobre a atual reforma política:

Para muitos adolescentes o direito a voto deve ser confuso, pois, você terá de fazer uma importante escolha a favor do país. Contudo, com todo este pequeno poder nas mãos nos deixa confuso, por mais que seja um bom “direito”, saber que se votar errado pode estar colocando a todos em uma enrascada, nos deixa com medo; cada vez mais há jovens se interessando pela “arte” da política, estudar seus conceitos e participar. Mesmo os mais novos não tendo muita voz dentre isto, estão sempre alertas sobre necessidades, debates, críticas e manifestações a favor de nosso país (Resposta, avaliação de Sociologia no terceiro ano do Ensino Médio, aplicada em 10 de maio de 2018).

A resposta destaca o aspecto do “confuso”, do “receio”, do “medo”, que é para um adolescente ter de votar e da responsabilidade que o mesmo ato pode causar na sociedade como um todo. O estudante, entretanto, acredita que existem jovens interessados e que podem contribuir para um país melhor, a partir do direito do voto.

Enfim, foi possível perceber como os 120 estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, num município da região metropolitana de Curitiba em vésperas de uma eleição em outubro de 2018, estão pensando sobre o tema do “voto do adolescente” e, consequentemente, sobre a “cultura política” que possuem em relação a democracia brasileira e a questão do voto. O problema detectado é em especial aos quase 80% dos estudantes que não se posicionaram frente ao tema, não escreveram uma resposta clara na avaliação de Sociologia, sugerindo um total desinteresse sobre um aspecto vivencial deles, que é ter de votar.

Sem dúvidas, sob esta conclusão, surge a necessidade de uma “intervenção significativa” de minha parte, enquanto professor, para ressignificar tal entendimento de um ato que todos eles estão obrigados a realizar e que irá ou já fez parte de suas experiências de vida, que é o ato de votar. Esta “intervenção” exigirá, como no ano de 2017, um novo projeto com metodologias ativas e participativas que envolvam esses estudantes nesta reflexão.

CONCLUSÕES

O primeiro semestre de 2018, tendo como conteúdo estruturante “poder, política e ideologia”, a democracia foi um dos temas bases desta reflexão. Ainda mais significativo, como dito,  por se viver em um “Estado Democrático de Direito”. E quando, mesmo após as leituras teóricas apresentadas pelo livro didático, e demais materiais que possam ser utilizados, e frente às respostas evasivas dada pelos estudantes quanto ao “voto do adolescente”, aponta para a urgência em se trabalhar ou continuar trabalhando com o tema da democracia e o significado do momento eleitoral.

Para tanto, este trabalho propõe que sejam utilizadas metodologias participativas que poderiam ressignificar o quadro que se apontou a partir das respostas dos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio na avaliação de Sociologia em maio de 2018.

Num eterno “empurrar a pedra” do mito de Sísifo, a cada ano são necessárias “intervenções significativas” para que o sentido da democracia, da importância do voto, da participação dos cidadãos seja a mais importante possível, e em especial, referindo-se para adolescentes e jovens no início de uma atividade política que os acompanhará por toda a vida. Porém, como dito , isto não deve partir apenas do professor e seu projeto de intervenção (porque ele acredita na democracia), mas deve, de alguma forma, envolver a experiência dos próprios estudantes.

 

REFERÊNCIAS

ALVES, Alessandro Cavassin. Conhecendo a democracia e registrando nossas experiências. In: SILVA & DINIZ (Orgs.). Educação para a democracia: projetos inspiradores das professoras e dos professores do Brasil. São Paulo: LiberArs, 2018. pp. 159-167.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Missão Pedagógica no Parlamento, 2017. Disponível em: <https://escolavirtualdecidadania.camara.leg.br/site/850/missao-pedagogica-no-parlamento/>. Acesso em 26 maio 2018.

DAHL, Robert A. Sobre a democracia. Brasília: Universidade de Brasília, 2001.

MOGILKA, Maurício. O que é educação democrática? Contribuições para uma questão sempre atual. Curitiba: UFPR, 2003.

SILVA, Otavio Henrique Ferreira da. & DINIZ, Mariana Murphy. (Orgs.). Educação para a democracia: projetos inspiradores das professoras e dos professores do Brasil. São Paulo: LiberArs, 2018.

Sociologia em Movimento. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016.

[1]  APPLE; BEANE, 1997 apud MOGILKA, 2003.

ALVES, Alessandro Cavassin. Revista Brasileira de Educação Básica, Belo Horizonte – online, Vol. 2, Número Especial Educação e Democracia, outubro, 2018, ISSN 2526-1126. Disponível em: <link>. Acesso em: XX(dia) XXX(mês). XXXX(ano).

Crédito da imagem destacada: Ricardo Barbosa para ALMG

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